Carmelina de Toledo Piza
Contadora de histórias e Acadêmica da APL
Na rua em que vivi
De terra batida e pisada
De pé no chão
Jogava amarelinha e rodava pião.
Tinha:
Polenta da Dona Helena,
A jabuticaba da Vó Glória,
A manga da Dora e da Dona Adelaide.
Na rua em que vivi
Com cheiro de terra molhada
Soltava pipa e brincava com boneca de pano,
Mãe da rua e queimada.
De pega-pega e esconde-esconde.
A saudade bate no coração
Na leitura do livro de Thales Castanho de Andrade
Vem na memória uma infância rica de pé no chão.
Saudade!
Na rua em que vivi
Saudade marcada
No corpo, nas histórias que ouvia
Nas cantorias dos cururueiros.
Saudade! Saudade! Saudade!